segunda-feira, 17 de outubro de 2016

FILOSOFANDO: ASTRONOMIA X ASTROLOGIA

O Universo, toda sua complexidade e todos os seus mistérios sempre foi motivo de curiosidade para nós, desde os tempos mais remotos da nossa civilização. Olhar para o céu, ao longo dos anos, se tornou umas das atividades mais magníficas e mais inspiradoras para a compreensão da vida na Terra. Avançar em tais explicações requer mais estudos, principalmente mais perguntas, afinal são elas que movem o mundo. A ciência que estuda os astros e a formação do Universo é chamada de Astronomia. Como tal, todo seu estudo, depois de teorizado é comprovado. Diferente da Astrologia, que estudas as “possíveis” influências dos Astros na personalidade de cada ser humano. No inicio das observações celestes ambas andavam juntas, e as diferentes denominações não existiam, restringindo-se apenas ao “estudo dos astros”. A separação se deu no momento em que a comprovação científica de tal estudo foi um quesito crucial. Entendamos, não existe nenhuma prova de que Júpiter influencia a vida de quem nasce em certo mês do ano. Agora, é mais do que provado que existe uma força chamada Gravidade, que faz com que dois corpos se atraiam e com que os planetas girem em torno do Sol.¹ Eis a diferença, Astrologia é crença, Astronomia é Ciência. Para exacerbar tal distinção, vejamos o exemplo do planeta-anão chamado Plutão. De acordo com os estudos astronômicos, para ser um planeta, o Astro deve apresentar as três principais características: 1 – Ser esférico; 2 – Girar em torno de uma Estrela; 3 – Ser dominante em sua órbita. Plutão não se encaixa na terceira característica, pois em certo ponto, sua órbita cruza com a de Netuno, que é muito maior (dominante) que ele. Por isso foi rebaixado para a categoria de planeta-anão. É de simples compreensão o motivo, porém foi preciso muito estudo e comprovação para poder ser feita tal distinção. Incrivelmente isso rendeu (na época do rebaixamento em 2006) um processo à NASA (Agência Espacial Norte Americana). Sim é verdade! Astrólogos ficaram indignados com essa mudança de “status” e disseram que era um absurdo, digno de um processo jurídico. Ora, pensem comigo, se Plutão tivesse que influenciar a minha vida, ele continuaria influenciando, pois ele continua no mesmo lugar, orbitando o mesmo caminho ao redor do Sol. Apenas mudamos sua categoria, à grosso modo, mudamos apenas seu nome. Não o tiramos do lugar! Optei por este exemplo para ficar claro a diferença de algo que se acredita e algo que é comprovado. Outros exemplos e outras teorias poderiam ser abordados, porém o intuito deste texto, é no mínimo aguçar a curiosidade de quem lê, lançando a semente de inspiração para o conhecimento. Desta feita, leia e o seu silêncio será ouvido. Saudações Astronômicas! Por: JAILTON DOS SANTOS FILHO Departamento de Física, Universidade Federal de Sergipe.

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