segunda-feira, 31 de outubro de 2016

SERGIPANOS PREMIADOS EM FEIRA INTERNACIONAL

Entre os dias 24 e 29 de outubro deste ano, aconteceu no Estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Novo Hamburgo, a 31ª MOSTRATEC, a maior feira de ciências da América Latina, com a participação de expositores de todos os estados brasileiros e de mais 21 países. Os representantes de Sergipe, sob a representação do professor orientador Nilson Santos e seu aluno expositor José Matheus Gomes, expuseram o projeto Astronomia Alternativa, como uma proposta de captura de imagens de corpos celestes utilizando uma webcam de computador adaptada, visando reduzir os custos da atividade, em comparação com o uso de câmeras profissionais à venda no mercado. Esse trabalho é destinado a astrônomos amadores que desejam obter imagens da nossa lua, planetas do nosso sistema solar, dentre outros objetos cósmicos. Como resultado da participação na MOSTRATEC, o projeto conseguiu três premiações, sendo duas credenciais para outras feiras de renome nacional e internacional, como a MOCINN - Mostra de Ciências do Norte e Nordeste a acontecer no Maranhão, em 2017 e a LUMITECH - mostra científica que ocorrerá no Paraguai, também em 2017, onde representarão o Brasil. A terceira premiação foi uma medalha de destaque na área de atuação do projeto, voltado à engenharia de materiais. Com esse sucesso, a meta é continuar desenvolvendo e aperfeiçoando o método de registo das astrofotografias para uso posterior em exposições, catálogos e estudos científicos. Como orientador do trabalho, o professor Nilson agradece o apoio e colaboração de todos que incentivaram a ideia, em especial a Douglas Vinicius, que forneceu o modelo da webcam adotada e David Maia pela coorientação e participação ativa nas diversas etapas da montagem do projeto.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

SERGIPANOS PARTICIPAM DE FEIRA TECNOLÓGICA QUE REUNE 21 PAÍSES

Um jovem pesquisador do Colégio Estadual General Calazans, de Nossa Senhora das Dores, é o representante de Sergipe na 31ª Mostratec – Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, que ocorrerá em Novo Hamburgo (RS), no Centro de Eventos da Fenac, de 25 a 28 de outubro de 2016. O evento, considerado a maior feira do gênero na América Latina, terá representantes de 21 países e de todos os Estados brasileiros. A organização é da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. O trabalho do aluno José Matheus Santos Gomes, sob a orientação do professor Nilson Santos e colaboração de David Maia, se insere na área da Engenharia e tem como resultado a viabilização, a baixo custo, da produção de imagens de corpos celestes (planetas, aglomerados estelares, nebulosas e galáxias, entre outros). Com a pesquisa Astrofotografia Alternativa, o projeto visa à produção de fotos espaciais de maneira mais simples e mais barata. Como resultados, foi possível capturar imagens espaciais com detalhes que não são perceptíveis ao olho humano, e com baixo investimento. As fotos podem ser usadas não somente como registros artísticos, mas como objetos de estudos astronômicos. A Mostratec reúne 420 projetos de jovens cientistas entre 14 e 20 anos de idade, do Brasil (de todos os estados e do Distrito Federal), Argentina, Bósnia e Herzegovina, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, México, Paraguai, Peru, Portugal, Tunísia, Turquia e Uruguai. Paralelamente, ocorrem a Mostratec Júnior (para estudantes do ensino fundamental, com 220 projetos), o Seminário Internacional de Educação Tecnológica (Siet), os Jogos Mostratec, a Corrida Mostratec Sesc, o Festival Maker Mostratec de Robótica e a Feira Regional do Livro de Novo Hamburgo. A feira estará aberta ao público das 14h às 21h, entre 25 e 27 de outubro, e das 14h às 17h, no dia 29 (sexta-feira). A entrada é franca. Mais informações em www.mostratec.com.br. Veja imagens dos resultados do trabalho na caixa ao lado.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

FILOSOFANDO: ASTRONOMIA X ASTROLOGIA

O Universo, toda sua complexidade e todos os seus mistérios sempre foi motivo de curiosidade para nós, desde os tempos mais remotos da nossa civilização. Olhar para o céu, ao longo dos anos, se tornou umas das atividades mais magníficas e mais inspiradoras para a compreensão da vida na Terra. Avançar em tais explicações requer mais estudos, principalmente mais perguntas, afinal são elas que movem o mundo. A ciência que estuda os astros e a formação do Universo é chamada de Astronomia. Como tal, todo seu estudo, depois de teorizado é comprovado. Diferente da Astrologia, que estudas as “possíveis” influências dos Astros na personalidade de cada ser humano. No inicio das observações celestes ambas andavam juntas, e as diferentes denominações não existiam, restringindo-se apenas ao “estudo dos astros”. A separação se deu no momento em que a comprovação científica de tal estudo foi um quesito crucial. Entendamos, não existe nenhuma prova de que Júpiter influencia a vida de quem nasce em certo mês do ano. Agora, é mais do que provado que existe uma força chamada Gravidade, que faz com que dois corpos se atraiam e com que os planetas girem em torno do Sol.¹ Eis a diferença, Astrologia é crença, Astronomia é Ciência. Para exacerbar tal distinção, vejamos o exemplo do planeta-anão chamado Plutão. De acordo com os estudos astronômicos, para ser um planeta, o Astro deve apresentar as três principais características: 1 – Ser esférico; 2 – Girar em torno de uma Estrela; 3 – Ser dominante em sua órbita. Plutão não se encaixa na terceira característica, pois em certo ponto, sua órbita cruza com a de Netuno, que é muito maior (dominante) que ele. Por isso foi rebaixado para a categoria de planeta-anão. É de simples compreensão o motivo, porém foi preciso muito estudo e comprovação para poder ser feita tal distinção. Incrivelmente isso rendeu (na época do rebaixamento em 2006) um processo à NASA (Agência Espacial Norte Americana). Sim é verdade! Astrólogos ficaram indignados com essa mudança de “status” e disseram que era um absurdo, digno de um processo jurídico. Ora, pensem comigo, se Plutão tivesse que influenciar a minha vida, ele continuaria influenciando, pois ele continua no mesmo lugar, orbitando o mesmo caminho ao redor do Sol. Apenas mudamos sua categoria, à grosso modo, mudamos apenas seu nome. Não o tiramos do lugar! Optei por este exemplo para ficar claro a diferença de algo que se acredita e algo que é comprovado. Outros exemplos e outras teorias poderiam ser abordados, porém o intuito deste texto, é no mínimo aguçar a curiosidade de quem lê, lançando a semente de inspiração para o conhecimento. Desta feita, leia e o seu silêncio será ouvido. Saudações Astronômicas! Por: JAILTON DOS SANTOS FILHO Departamento de Física, Universidade Federal de Sergipe.